Nº36 - 03-11-2013
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NA BARCA DA FÉ |
A MISERICÓRDIA DE DEUS |
O Evangelho (Lc 19, 1-10) narra uma história significativa. Como é sabido, os funcionários dos impostos eram odiados pelos judeus: o dinheiro que colectavam era para os romanos, o inimigo, por um lado, mas, por outro, tinham a fama de subir as tabelas para ficarem com a diferença. Zaqueu era chefe destes funcionários em Jericó. Tinha fama de ser muito rico, era apoiado pelo poder dos ocupantes e deveria ser um homem muito duro. Naquele dia, Jesus atravessava Jericó. Zaqueu não se importou de infringir as conveniências e trepou a uma árvore no caminho. E eis que Jesus, ao passar, ergueu os olhos e disse: “Zaqueu desce depressa, hoje quero ficar em tua casa”. Imaginemos um bispo a fazer uma visita pastoral e a dirigir-se a um homem rico, conhecido pela sua vida escandalosa, dizendo que quer ficar em sua casa. Tudo ficava varado. Foi o que aconteceu em Jericó. Todos começaram a criticar: o profeta quer ficar bem instalado e finge que ignora os pecados deste homem! Só Zaqueu percebeu. Percebeu num relance de alegria que aquele homem era realmente o profeta que curava os leprosos e não tinha medo de lhes tocar. E deu consigo a responder: “Olha, Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais a todos os que prejudiquei”. Os doutores da lei ensinavam que havia casos perdidos, pecadores definitivamente rejeitados por Deus. O povo concordava, ao menos no caso dos publicanos. Jesus contraria uns e outros, dizendo: “Zaqueu também é filho de Abraão. O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. Será que a comunidade cristã mantém viva no mundo a certeza de que ninguém está excluído da esperança, ninguém é desprezado por Deus? Será que a comunidade cristã não odeia nem despreza ninguém, sejam quais forem os seus defeitos e pecados? O vosso Pároco, |
Padre Mário Faria Silva |
VIVER A PALAVRA - Domingo XXXI do Tempo Comum - Ano C |
Sabedoria 11,22-26.12,1-2; Salmo 145(144); 2ª Tessalonicenses 1,11.2,2; S. Lucas 19,1-10.
O Evangelho deste domingo relata-nos o episódio de Zaqueu, homem rico, chefe dos cobradores de impostos, reconhecido publicamente como pecador. Na ânsia de ver Jesus, corre depressa e sobe a uma árvore como uma criança para conseguir ver o justo que passava. A agilidade deu frutos, pois Jesus viu-o, parou e falou com ele: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.” Jesus conhece-o, chama-o pelo nome e, mais, quer hospedar-se em sua casa. Imediatamente este publicano, “filho deste mundo” (Lc 16, 8), desce do sicómoro, acolhe Jesus com alegria e muda o rumo da sua vida, dispondo-se a reparar o mal infligido aos outros e a ter um gesto de caridade para com os mais pobres. O Verbo Encarnado, o Filho de Deus, faz-se pequeno para entrar na morada deste homem baixo, não apenas de estatura, e transforma tudo: “Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.” Senhor, “Tu amas tudo quanto existe e não detestas nada do que fizeste; pois, se odiasses alguma coisa, não a terias criado.” (Sb 11, 24). Perante o acolhimento de Zaqueu, Jesus faz dele uma “nova criatura”. Como disse S. Agostinho “Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós”. Também quero ter esta atitude e dizer como Abraão “Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante sem parar em casa do teu servo.” (Gn 18, 3). Não importa como está: cheia dos despojos do meu pecado, desarrumada, coberta de pó ou vazia e sem fé. Convém que HOJE aceite receber Jesus Cristo na minha casa, no meu coração. Devo fazê-lo agora, sem esperar por esse dia de existência incerta em que finalmente conseguirei arranjar tempo para a limpar e arrumar. “É assim que Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós” (Rm 5, 8). Basta que deixe a porta entreaberta para que Ele possa entrar. O trabalho que se segue é obra Dele, gratuito. “Fica connosco, Senhor…”(Lc 24, 29). Esta palavra traz, hoje, um desafio: depois do impulso de correr mais à frente e de subir à árvore, estou disposta(o) a descer à minha realidade e a receber Jesus na minha vida? |
Filipa Aguiar Ferreira |
Novembro, mês da Comunhão dos Santos, mês da Esperança do Encontro |
Ao mês de Novembro associamos, normalmente, um “véu” de resignação e de passividade, porque, comumente, Novembro está associado ao “mês dos mortos”. O mundo comercial tenta substituir esse “véu” com a máscara do “dia das bruxas”, ou apressa-se a propor como gastar o subsídio com as compras de Natal. Para nós, Cristãos, Novembro é o mês dos Santos e dos Fiéis Defuntos, daqueles que ainda estão no Purgatório, aguardando entrar na Glória do Céu. Por isso, seria um insulto a Deus e aos seus Santos viver o mês de Novembro na tristeza daqueles “que não têm esperança”, como diz S. Paulo (1 Ts 4, 13). Seria, igualmente, uma “ofensa a Deus e aos nossos Defuntos se nos limitássemos a encher as campas de flores sem “ajudar as almas do purgatório oferecendo as suas orações de sufrágio, em particular o Sacrifício Eucarístico, mas também esmolas, indulgências e obras de penitência” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, Nº 211). Os Santos as Almas do Purgatório, ainda em purificação, foram pessoas como nós, que viveram na Fé e na Graça de Deus, que sofreram, que venceram as tentações, que, até à morte, permaneceram fiéis a Cristo. Mas, a verdade mais bela é aquela que nos recorda o Catecismo da Igreja Católica: todos eles, juntamente connosco, ainda peregrinos na Terra, formamos “uma só família, a Igreja, para louvor e glória da Trindade” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, Nº 195), naquela realidade de Graça a que chamamos Comunhão dos Santos. Esta divina realidade “une-nos a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do povo de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, Nº 957). O mês de Novembro é o mês da Comunhão dos Santos, o mês da Esperança do Encontro com a nossa verdadeira família. Nesta divina Comunhão de Amor, podemos celebrar dignamente os Santos e honrar a memória dos nossos Defuntos, oferecendo por eles os sufrágios que a Igreja nos recorda e oferece. |
Carlos Manuel Borges |
VIDA PAROQUIAL |
1. Encerramento do Ano da Fé – Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Peniche O Patriarca de Lisboa, convoca todos os Cristãos do Patriarcado, para uma Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Peniche, para o dia 24 de Novembro, dia de encerramento do Ano da Fé. Convidamos Comunidade Paroquial a participar nesta Peregrinação. Estão a ser organizados autocarros para assegurar o transporte. O preço do autocarro é de 8 € por pessoa. A saída dos autocarros está prevista para as 10:30 horas. As inscrições podem ser feitas junto dos (das) Zeladores(as) de cada Comunidade. 2. Catequese de Adultos (Preparação para o Crisma) Está prestes iniciar a Catequese para Adultos (Preparação para o Crisma). Os Adultos e Jovens que não frequentaram e Catequese e que pretendam receber o Sacramento do Crisma, ou fazer a 1ª Comunhão e receber o Sacramento do Crisma, deverão fazer, o mais rapidamente possível, a sua inscrição, directamente, no Cartório Paroquial, ou através do telefone. O horário de funcionamento do Cartório Paroquial é: 4ª e 6ª Feira, das 20:00 às 21:30 horas. Esta Catequese vai começar em meados de Novembro (data a fixar) e vai prolongar-se até ao mês de Junho. Terá uma periodicidade de duas vezes por mês. 3. Início da Semana dos Seminários No próximo Domingo, dia 10 de Novembro, tem início a Semana de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas. Todos somos convidados a fazer nossa esta intenção. 4. Catequese de Adultos (caminho Neocatecumenal) Continuam a decorrer, no Centro de Infância de Tercena, às 21:30 horas de 2ª e 5ª Feira, uma Catequese para Adultos. Todos estão convidados a participar nesta Catequese. |